No próximo dia 2 de Março, nos Estados Unidos, ocorrerá um fato marcante para a aviação: o primeiro Boeing 727 da história, entregue à United em 1964 e aposentado desde 1991, fará um voo para sua nova casa, o Museum of Flight em Seattle. Diferentemente do Brasil, lá os aviões não são esquecidos.
Para retornar à condição de voo, ele precisou de componentes de outros Boeing 727-100, no caso os ex-N874AA e N124FE, da American Airlines e FEDEX respectivamente. O trabalho de recuperação da aeronave está em curso desde 2011, e o dilatado tempo são reflexos de dois fatos: a busca de componentes para a aeronave e o tempo disponível dos voluntários que trabalham no projeto.
Esta belíssima empreitada mostra o valor que o americano dá para a história da aviação. Será emocionante, e suposição da minha parte pelo fato de haver um Boeing 787-9 em vias de ser entregue para United, não duvido que haja alguma espécie de voo em formação – seria um sonho.
Imaginem que este avião em específico, o N7001U saiu da fábrica há “apenas 54 anos”, voou algo próximo a 65 mil horas e 48 mil ciclos. O 727 foi primeiro Boeing a ultrapassar a casa das 1.000 unidades produzidas, encerrando sua história com 1832 aparelhos construídos, sucesso mundial com presença marcante aqui no Brasil.
Impossível não trazer à memória o 727-100 nas cores da TransBrasil, CRUZEIRO e VARIG.