Ontem fez 16 anos que eu obtive um dos mais importantes “milestones” da minha carreira em manutenção de aeronaves. Foi o dia em que passei no exame prático da FAA e obtive minha licença provisória para exercer os “privilégios” da função.
Não ter dado este passo teria limitado meu horizonte profissional de uma maneira que nem sei descrever. Não digo que obter a licença do FAA é a única maneira de progredir na carreira, pois não é, conheço pessoas muito bem sucedidas na área de manutenção que não possuem a licença americana, mas obtê-la significa abrir fronteiras para além da aviação nacional. Confesso que quando mais jovem pensei em jamais trabalhar para qualquer empresa que não fosse brasileira, havia um certo incômodo, um certo “patriotismo” de minha parte: por que ceder o meu conhecimento para favorecer estrangeiros? Eu pensava assim enquanto estava na Varig, a maior companhia aérea do Brasil, e hoje a Varig não existe mais.
Ao obter esta licença, aprende-se muito mais sobre responsabilidade do que anos de escola poderiam ensinar. Aprende-se que você está apenas exercendo os privilégios de ser mecânico, e que estes privilégios podem ser revogados a qualquer momento se não forem usados com a responsabilidade que a função exige.
16 anos de FAA e 29 anos de ANAC (DAC), tô ficando velho! E experiente 🙂
Ah, aguardem os posts de Oshkosh, não tá fácil catalogar 5000 fotos e editar um monte de vídeos.